1) Soberania Científica

A soberania científica está concentrada no debate da produção, circulação e legitimação da ciência brasileira num contexto de assimetrias globais na produção, visibilidade e impacto do conhecimento produzido com predomínio de países centrais, multinacionais e sistemas de classificação e avaliação da ciência.

Coordenado pela professora Thaiane Oliveira (UFF), envolve investigações sobre: 

A infraestrutura que constrói a base de um sistema científico assimétrico em escala global;

Sistema de rankings acadêmicos e avaliação da ciência;

Representatividade em instituições centrais do sistema;

A emergência de circuitos acadêmicos alternativos;

Padrões de relacionamento entre instituições periféricas e centrais;

Patrocinadores globais da agenda acadêmica;

Redes transnacionais de contestação à ciência.

2) Circulação de informação em mídias tradicionais

Eixo relacionado às disputas que atravessam a circulação de informação a partir de plataformas midiáticas tradicionais, mais especificamente grupos de comunicação que controlam boa parte da produção e do fluxo de notícias, tanto do ponto de vista regional, nacional e conexões com produtores de conteúdo internacionais.

O segundo eixo tem como coordenador o professor Jamil Marques (UFPR) e trata mais especificamente de pesquisas sobre: 

A infraestrutura da mídia brasileira e dos sistemas de mídia em âmbito internacional;

A presença e influência da mídia estrangeira no Brasil;

As relações entre mídia estrangeira e mídia brasileira na formação da opinião pública;

A mídia estrangeira como fonte e parâmetro normativo da mídia nacional;

Os sistemas de mídia que operam em distintos países de forma comparada;

Aspectos inerentes aos sistemas híbridos e as inter-relações entre grupos de mídia locais e globais.

3) Circulação de informações mediadas por plataformas, algoritmos e dados

O eixo, coordenado pela professora Raquel Recuero (UFPEL/UFRGS),  diz respeito à soberania relacionada ao cenário das plataformas digitais e seus impactos na esfera pública, no trabalho e nas relações sociais. Essas plataformas, hoje, constituem-se em espaços aterritoriais, cujas relações são estabelecidas à revelia dos países e cujas influências são percebidas nos espaços concretos.

São investigações deste eixo:

Dinâmicas de produção de conteúdo, circulação e legitimação de desinformação nas plataformas digitais;

As plataformas digitais e a disputa da autoridade informativa com a mídia tradicional;

Plataformas digitais e trabalho;

Novos modelos de financiamento de plataformas;

Disputas discursivas em torno do “fato” e do “fake” e o papel do fact-checking e outras instituições como mecanismos de legitimação do conteúdo;

Visibilidade, invisibilidade e censura: o poder das plataformas;

Infraestrutura técnica e soberania: algoritmos e dados;

Modelos de regulação das plataformas. 

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