Como comunidades marginalizadas se relacionam com a inteligência artificial em seu cotidiano? Esta foi a questão central de oficina realizada pelo INCT-DSI e pelo Instituto Papo Reto entre os dias 26 e 30 de maio, no IACS da UFF. A organização teve o apoio do Codes (Centro de Referência para o Ensino do Combate à Desinformação).
Andrea Medrado, pesquisadora do INCT, e Thainã de Medeiros, vice-presidente do Instituto Papo Reto, conduziram as atividades.
“Nós sabemos como a IA usa a favela. Por exemplo, extraindo dados em benefício das big techs. Nosso objetivo com o encontro foi o caminho contrário, de analisar e refletir os usos cotidianos das ferramentas pelas comunidades”, explica Andrea.
O “Favel IA” envolveu midiativistas, ativistas de direitos humanos, alunos do PPGMC e do PPGCOM da UFF e moradoras da comunidade Morro do 94 de Niterói.
“Foi um momento também de discutir as propostas de legislação para a área no Brasil, ainda em tramitação, com o levantamento de perspectivas das comunidades marginalizadas, que nunca são ouvidas nestes debates”, aponta ainda a pesquisadora.