Pesquisadores de países não ocidentais enfrentam diversos obstáculos para circulação de seus estudos no circuito internacional. É o que ocorre, por exemplo, com estudiosos do Brasil e da China. E essa foi uma das principais linhas de debate de evento realizado em Shanghai, no sábado.
O International Forum on Image Studies and Global Communication teve a participação de pesquisadores do INCT-DSI. Thaiane Oliveira foi uma das palestrantes. Além disso, o coordenador do Instituto, Afonso de Albuquerque, e o pesquisador internacional do INCT, Manual Goyanes, participaram de sessões.
Afonso explica que as questões relativas às assimetrias têm sido uma preocupação para os intelectuais chineses: “É um país que vive um processo de expansão e de muito investimento no que diz respeito à produção acadêmica, mas os estudiosos ainda se deparam com muitas barreiras”.
Thaiane aponta que o evento reuniu alguns dos autores de dossiê da revista Online Media and Global Communication, que tem como editores a própria Thaiane e outros dois pesquisadores do INCT: Jamil Marques e Manuel Goyanes. O foco é a produção acadêmica em Comunicação de países não ocidentais, o que inclui, por exemplo, trabalhos sobre os impactos das tecnologias e da inteligência artificial nesta produção.
Confira os trabalhos apresentados pelos integrantes do INCT-DSI:
Thaiane Oliveira: Structural challenges for the global circulation of knowledge and scientific sovereignty
Afonso de Albuquerque: Academic asymmetries and imperialistic power
Manuel Goyanes: Mapping sciense through editorial board interlocking: connections and distances betwenn Fields of knowledgeand institucional affiliations
Imagem: International Forum on Image Studies and Global Communication/Divulgação