Reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada no dia 7 de março, foi presidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ouviu especialistas sobre os desafios da Inteligência Artificial. Roseli Figaro, pesquisadora do INCT-DSI, tratou sobre os impactos e oportunidades da IA no mundo do trabalho.

Roseli defendeu regulação urgente da IA. Ela destacou que o Brasil é um dos países com maior mercado de anotação de dados para IA do mundo.  Há, ao menos, 50 destas plataformas e os trabalhadores são a inteligência humana que abastece de informação e treina os algoritmos.

Para a pesquisadora, “há deliberada miopia sobre o eixo central do problema: enquanto as patentes, os dados e os lucros são hiper concentrados, com sede e endereço bem certo e físico, os países do Sul Global servem de território de extrativismo, força de trabalho mal paga, precária, sem direitos, um espaço desregulado”.

Desta forma, Roseli defendeu que as cadeias produtivas globais destas tecnologias contemporâneas precisam de governança global, mas com participação dos países do Sul Global – são estas nações que fornecem grande parte dos insumos fundamentais para a existência delas, tanto de recursos naturais, quanto de dados e trabalho.

No encontro, o presidente solicitou aos especialistas uma proposta para o Brasil apresentar na Conferência das Nações Unidas em setembro. Nesse sentido, Lula defendeu a importância de pautar nesses fóruns a agenda do Sul Global e de “uma política concreta em inteligência artificial”.

Imagem: Assessoria de Comunicação/ Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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