O coordenador do INCT-DSI, Afonso do Albuquerque, e o pesquisador do Instituto Marcelo Alves, participaram da “Conferência Livre: Ciência no Combate à Desinformação”, realizada nos dias 2 e 3 de abril pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

No primeiro dia de evento, Marcelo integrou a mesa sobre cooperação científica para a transparência e integridade informacional.

O professor indicou implicações do fechamento de canais de coletas de dados pelas plataformas digitais, no que considera um “colapso da pesquisa empírica”.

Marcelo ressaltou o aumento da desigualdade Norte -Sul, visto que a Europa, por exemplo, tem salvaguardo condições mínimas neste acesso. O pesquisador destacou também a insegurança jurídica no uso de dados coletados de outras formas e um retrocesso pedagógico, com consequências na formação de novos pesquisadores.

Já o coordenador Afonso participou do segundo dia de evento, na mesa “Caminhos para o financiamento e o fomento de pesquisas em Desinformação e Integridade Informacional”.

Afonso tratou especialmente da soberania da informação. Ele defendeu também a tese de que a universidade é a instituição que melhor pode atender às demandas constitutivas da integridade da informação. Isso se dá por 3 motivos:

1) A universidade constitui um campo de debate dotado de princípios de autoridade que não são fáceis de alterar;

2) O debate acadêmico sistemático produz condições para criar acordos epistemológicos sólidos o suficiente para que o tratamento da informação possa ter bases concretas;

3) A universidade é crucial do ponto de visto da formação de quadros qualificados.

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